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6 Dezember 2010

O cristianismo é uma força débil – Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Sant’Egidio, que fala em “renovação” para que o mundo seja um lugar melhor

A COMUNIDADE de Sant’Egidio, uma organização católica fundada em 1968 em Itália, tem Moçambique no centro das atenções há muitos anos. Foi ela que mediou o longo, mas frutífero, processo que levou à assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992 entre o Governo e a Renamo, citado como um exemplo para o mundo.

 
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Desde que se calaram as armas, o nosso país luta para materializar os seus mais nobres objectivos, incluindo alcançar o desenvolvimento. E a comunidade fundada por Andrea Riccardi, nos anos 1960 estudante de um liceu de Roma que mais tarde viria a doutorar-se em História, pauta-se hoje como um parceiro dos moçambicanos na busca dos seus propósitos. Entre várias acções, conta-se a participação em programas de saúde, muito em particular no combate ao HIV/SIDA. Ora, Andrea Riccardi, que dirige a Sant’Egidio, esteve recentemente entre nós para encontros com o Governo no âmbito de algumas campanhas e acompanhar as actividades da comunidade no país. Durante essa estadia, Riccardi falou ao “Notícias” da postura da Sant’Egidio em muitas das áreas em que intervém. E de algumas questões sobre Moçambique, África e o mundo. Riccardi é também autor de vários livros sobre temas contemporâneos, como “O Século do Martírio”, em que assume e disserta sobre o papel do cristianismo na luta por um mundo melhor. Aliás, tem mesmo uma afirmação enigmática: “O cristianismo é uma força débil”. Eis, a seguir, alguns excertos da entrevista com o historiador e dirigente da Comunidade de Sant’Egidio:

NOTÍCIAS (NOT) – O Professor Riccardi é fundador da Sant’Egídio, uma organização que tem muita afinidade com Moçambique e que ficou mais conhecida a partir do processo de paz para o país. De uma forma particular, o que é que sente por este país a que vem com alguma regularidade depois de 1992?

ANDREA RICCARDI (AR) – Nós nos relacionamos com este país há mais de 30 anos. Pessoalmente, conheci Moçambique desde os seus momentos mais difíceis, desde a luta de libertação, passando pela guerra civil, que foi mesmo um período mais difícil ainda, em que o país sofreu mais directamente os efeitos da guerra-fria. Recordo-me que mesmo o Mercado Central do Maputo estava vazio e recordo-me do meu sonho: que este país tivesse abundância para todos. É assim que começámos a pensar e a alinhavar os planos de negociar um processo de paz para Moçambique.

NOT – (…) Quando precisamente é que começaram a alinhavar a mediação para o processo de paz?

AR – A partir dos anos 1980, mais precisamente na segunda metade dessa década. Recordo-me que participei num Congresso da Frelimo (o V, em 1989) e na ocasião falei de como Moçambique estava a mudar. Mas disse que faltava uma coisa, que era a paz. Lembro-me que essa afirmação foi seguida de uma salva de palmas, o que me admirou imenso. Começámos assim a trabalhar mais arduamente para que essa paz chegasse. Penso que a paz foi um evento decisivo, porque parou com a escalada de mortes que se ia verificando, que já tinha causado cerca de um milhão de vítimas, e deu início ao extraordinário crescimento que o país vem conhecendo. O processo de paz mostrou sentimentos profundos do povo moçambicano, sentimentos de paz. Depois do acordo de paz não houve vinganças e os moçambicanos trabalharam por uma boa convivência e coexistência social.

NOT – O processo de paz moçambicano, do qual se orgulham de ter mediado, é falado ainda hoje como um caso de sucesso mundial. Qual foi o ponto crucial para que este processo alcançasse o sucesso?

AR – Acho que o ponto decisivo foi este: valorizar e meter à luz aquilo que unia as partes e pôr de lado o que as dividia. As mortes, a história de dor e o ódio dividiam os moçambicanos. E o que os unia? A grande família nacional moçambicana! Acho que este foi o ponto decisivo. Os moçambicanos são patriotas e esse é um capital enorme. É por esta premissa que se conduziu o processo de paz, que inaugurou uma escola de democracia moçambicana. Alguns criticaram o processo negocial moçambicano por ser longo demais. Eu creio que durou o tempo necessário, porque era necessário que a Renamo se maturasse, passando da guerrilha à política, e que o Governo compreendesse as exigências da Renamo. Esta é a história e Moçambique não se deve esquecer dela, porque na minha opinião o 4 de Outubro de 1992 é uma data muito, muito especial, tal como o é a data de proclamação da independência. É a segunda data histórica da vida do país.

NOT – Fala de tornar a Renamo guerrilheira num grupo político. Como é que foi feita a aproximação aos chefes deste então movimento rebelde para convencê-los dessa necessidade? É que o pretexto para a guerra praticamente ficou esvaziado quando Moçambique fez vigorar a Constituição de 1990.

AR – Eu penso que há muita literatura sobre isso. Roberto Morotti (historiador italiano) escreveu um livro muito interessante sobre isso, a retratar o processo histórico da Renamo, que é um processo muito complexo, em que estão incluídas as coisas que me está a perguntar. Há múltiplos problemas que foram tomados em conta para isso. O mais importante é que, depois de Roma, a Renamo nunca mais voltou a pegar em armas. Ela passou do conflito armado ao conflito político. Uma sociedade vive também de conflitos, mas que não devem levar ao incêndio da casa e nem devem levar à ruptura da própria sociedade. Nos anos 1980, Moçambique acabava de sair do colonialismo e estava a viver uma experiência socialista. E a experiência do passado quebrou muitos laços, o que é normal onde tenha havido a guerra. Mas hoje em Moçambique há novos laços, a sociedade moçambicana hoje está mais rica, pois se encontram e se vão descobrindo novos e modernos laços culturais, económicos, religiosos, políticos, etc. Há esta nova e proveitosa dinâmica. Hoje, tem que se pensar num Moçambique diferente daquele de há vinte anos. Moçambique não se destrói para afirmar-se, pelo contrário interage. Esse é o capital trazido pelo processo de paz. O sul, o norte, os muçulmanos, os cristãos, os jovens, os idosos, os partidos todos precisam todos uns dos outros.

NOT – Sim, mas como é que se aproximaram à Renamo para convencê-la a negociar a paz. Com o Governo foi fácil, pois a Comunidade de Sant’Egidio tinha acesso a ele, mas com a Renamo era diferente, já que praticamente não tinha um rosto fácil de alcançar.

AR – Eu conhecia muito bem os dirigentes do Governo, porque com eles interagia. A Renamo era-nos muito incógnita, embora nos tenhamos encontrado com o presidente Dhlakama.

NOT - (…) Onde? Nas matas?

AR – Em vários sítios! Não sei se em Moçambique ou não, porque quando nos encontrávamos numa floresta não sabíamos com precisão se estávamos em Moçambique, no Malawi, na Tanzania, ou não sei onde. Mas também num restaurante em Roma, em pleno período de guerra. Falámos muitas vezes com ela.

 

EM 2012 OFERECEREMOS ESPÓLIO DO PROCESSO DE PAZ

Maputo, Segunda-Feira, 6 de Dezembro de 2010:: Notícias
 

A COMUNIDADE de Sant’Egidio irá oferecer em 2012, quando se comemorar o 20º aniversário dos acordos de Roma, um espólio sobre o processo de paz moçambicano, o que permitirá aos estudiosos e ao público em geral conhecer muitos corredores dos caminhos que culminaram com a assinatura dos acordos de Roma. Esta garantia foi dada ao “Notícias” por Andrea Riccardi quando insistimos em querer saber como é que foi feita a aproximação à Renamo para que ela integrasse o processo de paz. Eis a resposta à nossa pergunta sobre como é que foi o contacto para convencer a Renamo a ir à mesa das negociações. Obter esta resposta contribuiria para completar o puzzle que foi o processo de Roma:

AR – O que posso dizer e prometer, por agora, é que a Comunidade de Sant’Egidio tem um vasto arquivo sobre o processo da guerra e da paz em Moçambique. Disponibilizaremos este arquivo por ocasião dos 20 anos de paz neste país. É um arquivo muito interessante, com muita documentação. Pensamos em transferi-lo para Maputo e pensamos ao mesmo tempo em metê-lo num centro que seria um memorial da paz. O arquivo consiste em material vasto, desde fotográfico, documentos diplomáticos, actas de colóquios e tudo mais que tenha a ver com o processo de Roma.

NOT – O processo de maturação da Renamo, por si citado, estava completo por alturas do início do processo de paz?

AR – O que me apercebi é que ela já se tinha apercebido, por alturas do processo, de que já era tempo de passar à política. Por aí já havia uma certa maturação. Claro que era uma situação difícil e faltava às partes uma linguagem política comum. A Renamo tinha o hábito de usar uma linguagem militar e o processo de paz usava uma linguagem política. O arquivo irá dar mais detalhes sobre todas as suas perguntas e de outros que se interessem pelo processo de paz de Moçambique.

NOT – Depois de alcançada a paz e, sobretudo, nos últimos anos, a comunidade tem alguma participação em vários domínios da vida de Moçambique. Com que interesse?

AR – Acima de tudo, a Comunidade de Sant’Egidio é uma organização cristã que vive de ideais. O nosso ideal é o da solidariedade, o que é também próprio do povo moçambicano. Somos movidos por um espírito de solidariedade com os pobres, com os prisioneiros, com os idosos, etc. Por exemplo, temos estado a constatar que a esperança de vida em Moçambique aumentou, porque há cada vez mais idosos. Nós entendemos que eles merecem atenção. Trabalhamos também com os doentes da SIDA, o que é um aspecto muito importante. Providenciamos tratamento a um universo de cerca de 23 mil doentes, através do programa DREAM, que para nós, mais do que se preocupar com o presente, tem a ver com o Moçambique de amanhã, na medida em que esta gente em tratamento e os seus filhos ainda têm muito a dar por Moçambique. Mas devo informar que trabalhamos em muitos sítios, em muitos países.

AO CONTRÁRIO DE BUSH NÓS PRIVILEGIAMOS A PAZ PREVENTIVA

Maputo, Segunda-Feira, 6 de Dezembro de 2010:: Notícias
 

ANDREA Riccardi escreveu há alguns anos um livro com o título sugestivo: “Paz Preventiva”, uma clara oposição à política do anterior Presidente norte-americano, George W. Bush, que teorizou e materializou o conceito de “guerra preventiva”, à luz do qual alguns países, como o Afeganistão e o Iraque, foram atacados militarmente pelos EUA. Questionámos ao intelectual sobre os seus fundamentos, ao que, no diálogo que se segue, explicou:

NOT – Grupos religiosos desempenham um importante papel na mediação de conflitos. Mas nalguns momentos são acusados de ingerência ou mesmo de exercício de política. Qual é o vosso posicionamento face a esta visão?

AR – Primeiro, a Sant’Egidio trabalhou para processos de transição para a democracia que são importantes: Guiné-Conacry e Níger e mesmo a Costa do Marfim. Estes foram três casos novos e interessantes, pois a paz não é o fim dos conflitos, mas antes processos de transição para a democracia. A Sant’Egidio conhece bem a utilidade da paz. Ela é útil para todos e não só para os católicos, protestantes, muçulmanos, hebreus, etc. Um verdadeiro cristão tem que construir a cidade de todos, e não apenas para os seus correligionários. A paz é a cidade de todos e esta é a nossa filosofia, a filosofia de Sant’Egidio e na qual acreditamos muito. Ninguém se deve sentir satisfeito por os regimes autoritários quererem homens que sejam números, que sejam vazios. A democracia precisa, pelo contrário, de homens de valor e de fé. Porque de contrário viveremos num mundo de materialismo, como está a acontecer nas grandes cidades europeias, mas periferias, em que os jovens não têm valores.

NOT – Os conflitos que o mundo conhece são aqueles que envolvem ou têm envolvido directa ou indirectamente grandes países. Mas existem outros, ainda que alguns não sejam armados, mas desconhecidos pelo mundo por não serem mediáticos. Há muitos lugares em que a paz é praticamente armada. Que papel têm nestes casos?

AR – Ora vejamos, a Sant’Egidio não tem o poder. Quer dizer, temos, mas não esse que muitos têm. O nosso poder é o poder dos que não têm voz, é o poder da verdade. E a verdade é que os homens querem a paz. O poder da verdade é mais forte que qualquer outro poder. A Sant’Egidio não grita, mas sabe levantar a voz. Nós falamos a favor dos pobres e a favor daqueles que vivem nos conflitos esquecidos. Bush praticou a guerra preventiva e nós a paz preventiva. Esta consiste em reforçar os laços quando há risco de ruptura. Esse é o exercício da paz preventiva, útil em Moçambique, África, Europa e noutras partes do mundo. Pode não se saber muito por cá, mas nós estamos presentes em lugares como o Paquistão, na Indonésia, na China, etc. Somos uma realidade internacional.
(J. Capela)
(J. Capela)

MUITO POR DESCOBRIR NO CRISTIANISMO

Maputo, Segunda-Feira, 6 de Dezembro de 2010:: Notícias
 

ANDREA Riccardi é um profundo estudioso do cristianismo. Escreveu muito sobre esta religião. Entretanto, num dos seus escritos, “O Século do Martírio”, em que fez o levantamento do que foram os martírios e perseguições de que foram vítimas os cristãos no último século XX, tem uma afirmação enigmática: o cristianismo é uma força débil e nele há muito por redescobrir. “O Século do Martírio” não é um livro de vaticínios, mas sim de análise e de esperança para uma religião que tem muito de útil para a humanidade. Eis a abordagem com o historiador e cristão Riccardi sobre esse teor do livro:

NOT - Escreveu em “O Século do Martírio” que o cristianismo é uma força débil e que nele há muito por descobrir de novo. Para além das perseguições que os cristãos sofreram no último século, o que é que o cristão Andrea Riccardi vê de débil no cristianismo?

AR – O cristianismo não é uma potência militar, nenhum poder económico, mas é uma força. E vê a sua força quando é débil. O cristão sabe resistir até ao martírio. E sabe resistir também quando não tem nem força política nem económica nem militar. O cristão interpreta com profundidade o mistério da História. Creio que o que me estarão a questionar é se é necessário um novo cristianismo. Mas o cristianismo é antigo, com dois milénios, mas precisa de renovação, incluindo em Moçambique…

NOT - Sim! E onde está a debilidade?

AR – Bento XVI fala de uma renovação do cristianismo. Não é necessário renovar o edifício, a sua estrutura, o que é necessário é renovar as consciências, os corações e as cabeças. Penso que o mais difícil é isso, porque as revoluções querem sempre decepar cabeças, enquanto o cristianismo precisa de renová-las. É mais fácil decepar que renovar. Eu creio que o cristianismo e a igreja precisam dessa renovação mesmo em Moçambique, porque o mundo mudou. E não podemos pensar como se estivéssemos ainda em 1900; precisamos de descobrir a força do cristianismo, que é uma força ao serviço de toda a sociedade.

NOT - Durante muito tempo no seio católico o uso do preservativo foi um tema polémico, quando se aborda a urgência que há em travar o avanço do vírus da SIDA, mas há dias o Papa admitiu que seja usado, embora em casos especiais. Ora, uma das grandes frentes da Sant’Egidio é o tratamento de pessoas com o HIV. Acha que com esta declaração de Bento XVI a luta contra a SIDA no meio católico passa a contar com a aliança do preservativo?

AR – Bom, eu não li o texto do Papa. Mas posso dissertar um pouco sobre o mito do preservativo. Fala-se sempre de preservativo na Europa. Lá praticamente não custa nada! No entanto, para mim falar do preservativo é uma desculpa para não tocar no verdadeiro problema. Em primeiro lugar está o tratamento, que custa dinheiro. A Sant’Egidio aplica milhões de dólares para tratar os doentes de HIV/SIDA em Moçambique, por exemplo. Penso que a Europa se devia preocupar com isso. Não é com a esmola do preservativo que se vai combater a SIDA em África. Penso que os africanos sabem o que fazer dele, se querem ou não usar. A mim não venham dizer que chegar aqui e lançar preservativos trata ou diminui a SIDA. Esta é a esmola do preservativo. Se o tratamento é o primeiro problema, o segundo é a pesquisa científica. É preciso investir na pesquisa. Eu tenho o receio de que enquanto o problema da SIDA não for grave no Ocidente, se investirá menos na pesquisa para acabar com este mal. Penso que levantar o preservativo como bandeira é procurar um álibi para esconder o que realmente é prioritário: tratamento e pesquisa.

  • Gil Filipe

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