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por
Adriana Gulotta

9 de Junho de 2008
Chade: após meses de violência, a situação melhora. As notícias das crianças adoptadas à distância

O Chade é um vasto País da África centro oriental. No Norte prevalece a população árabe e muçulmana. No Sul, a cristã-animista. Infelizmente, há muitos anos, o Chade é teatro de fortes combates que martirizam sobretudo as regiões meridionais do País, as que estão perto da fronteira com o Sudão (a região do Dafur).

Em Fevereiro, a própria capital N’Djamena foi teatro de duríssimos combates entre os rebeldes e o governo actualmente no poder. Os combates foram violentos e tiveram como epicentro os bairros à volta do palácio presidencial, atingidos várias vezes por mísseis e projécteis disparados por helicópteros.
As vítimas foram numerosas e, sobretudo, foi altíssimo o número de pessoas que fugiram da capital à procura de protecção no Sul do País, atravessando a fronteira com os Camarões. Também o nosso referente das adopções à distância, Felix, teve de fugir para os Camarões, levando consigo a sua família e muitas das crianças adoptadas à distância. Nos campos de refugiados, foi localizado e ajudado por alguns membros da local Comunidade de Sant’Egidio. Depois de uma permanência de cerca de um mês, Felix regressou para o Chade. Publicamos a seguir, a carta que ele nos enviou a 18 de Maio.

Queridos amigos, gostaria de vos contar alguma coisa acerca da situação social e política depois dos eventos do mês de Fevereiro de 2008 em N’Djamena. A vida está a normalizar-se, mas permanecem as dificuldades e o medo das famílias que nunca tinham vivido uma situação do género na capital, e receiam que se repita. Por esta razão, muitas delas estão tristes e resignadas. O clima social está agitado. Depois dos eventos de Fevereiro, o Estado mandou evacuar muitos bairros da cidade. Muitas casas foram destruídas, mas as pessoas não têm possibilidade de alugar, nem de comprar novas casas. Então, muitas delas abandonam a capital para as aldeias e campos para se organizarem melhor e evitar o pior na eventualidade que a guerra ecluda de novo. Na verdade, a situação política continua confusa e os rebeldes de leste, continuam a fazer irrupções nos centros habitados. Apesar da situação estar um pouco mais calma, ainda hoje as famílias que têm parentes entre os rebeldes, continuam a fugir de N’Djamena, porque se sentem ameaçadas pelos militares.

Vi, durante o meu trabalho para as adopções, os bairros da cidade de maioria muçulmana. Há muita agitação e muitas casas foram destruídas. Graças a Deus todas as crianças das adopções estão bem de saúde. Há muita gente que está a reconstruir a própria casa depois dos danos causados pela guerra. As destruições foram numerosas e muitos edifícios foram saqueados pelos chacais. A própria administração está a reconstruir os respectivos escritórios. Muitos arquivos foram incendiados e irremediavelmente perdidos. Mas, de qualquer modo, posso confirmar que a vida e as actividades em geral, estão a recomeçar e isto dá-nos a esperança que a vida política e social possa melhorar em breve.

Para as crianças adoptadas à distância, a 7 de Junho, temos em programa um dia de festa: faremos jogos, e falaremos juntos sobre a necessidade de viver em paz e de como a guerra, qualquer guerra, seja má. Comeremos juntos. Dar-vos-ei notícias e mandar-vos-ei algumas fotografias. Um abraço amigo e obrigado pela vossa ajuda que foi fundamental neste período.


Felix N’Djamena
18 de Maio de 2008

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Para adoptar à distância uma criança contacte a:

Secretaria das
adopções à distância
Comunidade de Sant'Egidio
seg-qui-sex h.9,30-13.30h.9,30-13.30
Tel. 06.5814217

ou por e-mail


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